Quem maratonou O Monstro de Florença na Netflix terminou com a sensação de que faltava algo. A produção cobre boa parte da investigação sobre os assassinatos que assombraram a Toscana, mas deixa importantes peças do quebra-cabeça fora da tela.

De armas nunca recuperadas a suspeitos que nunca dividiram a mesma cela, o caso real envolve bem mais do que sete casais mortos entre 1968 e 1985. No Resumo de Novelas, reunimos os detalhes que seguem ecoando nos autos e alimentam teorias até hoje.

Os primeiros crimes e a pista sarda

Tudo começa em 1968, quando Barbara Locci e Antonio Lo Bianco foram baleados com uma pistola Beretta .22 enquanto namoravam dentro do carro, com o filho dela dormindo no banco traseiro. A mesma arma seria ligada a outros seis ataques, sempre com um padrão cruel: o homem era alvejado primeiro, a mulher sofria mutilações depois.

A minissérie foca nos irmãos Vinci, conterrâneos da Sardenha e alvos de escândalos sexuais. A polícia seguiu essa linha por anos, mas documentos judiciais indicam que ela pode ter servido de distração. O ex-chefe de polícia Michele Giuttari sustenta que a “pista sarda” foi plantada para proteger nomes de maior influência.

  • Sete casais oficialmente ligados ao caso
  • Possibilidade de até 24 vítimas, segundo investigadores
  • Mesma Beretta .22 citada em todos os laudos balísticos

Sete casais ou mais vítimas?

Parte dos promotores acredita que uma oitava dupla foi assassinada, mas jamais vinculada ao inquérito. Testemunhas afirmam ter visto corpos em rituais que nunca chegaram ao processo, levantando suspeitas de que o número de mortos é bem maior do que o reconhecido em tribunal.

Conspirações além da série da Netflix

Entre os papéis escondidos nos arquivos, surgem histórias de sociedades secretas, casas de prostituição e possível venda de partes do corpo como troféus. Nenhuma dessas linhas ganhou espaço relevante na produção, mas elas persistem em autos paralelos e livros independentes.

Giuttari aponta o médico Francesco Narducci, especialista em gonadologia e membro da maçonaria, como elo não investigado. Narducci morreu em 1985 em circunstâncias nebulosas: seu corpo foi achado no Lago Trasimeno e exumado anos depois, com laudo apontando indícios de estrangulamento.

A suspeita sobre Francesco Narducci

Segundo depoimentos arquivados, Narducci teria frequentado festas exclusivas onde fotografias das vítimas circulavam como troféu. Apesar das suspeitas, a conexão dele com a Beretta .22 foi arquivada, e documentos sobre seu patrimônio desapareceram do cartório dias após a morte.

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