Lilly ainda nem tinha encontrado o palhaço assassino quando descobriu que Derry pode ser mais cruel do que qualquer criatura. O terceiro episódio de IT: Bem-Vindos a Derry entrega uma narrativa pesada, mergulhando no luto e na culpa que atormentam a garota.
A produção, derivada de It: A Coisa, também acena aos fãs de Stephen King ao recolocar em cena o hospital psiquiátrico Juniper Hill, lembrando que, no universo do autor, a loucura é vizinha do medo.
Tragédia pessoal antecede o horror sobrenatural
O capítulo abre lembrando a perda do pai de Lilly, morto em um acidente de fábrica ao tentar recuperar o brinquedo que ela deixara para trás. A máquina que o dilacera não poupa nem a imaginação do público, e o choque acaba levando a menina ao isolado Juniper Hill, conhecido dos leitores de King.
Quando retorna à cidade, Lilly tenta reconstruir a rotina, mas carrega o estigma de quem já foi internada. O peso aumenta após testemunhar o massacre de três amigos dentro de um cinema. A jovem sabe que ninguém crerá em um demônio responsável pelos crimes, ainda assim tenta inocentar Hank Grogan, pai de uma amiga e único acusado pelo policial Clint Bowers.
Manipulação policial e novo internamento
Clint explora o histórico da garota e a faz temer ser considerada cúmplice. Com isso, Hank é preso e Lilly volta a Juniper Hill, onde os gritos noturnos e corredores frios parecem ecoar eternamente. Lá, apenas a funcionária vivida por Madeleine Stowe demonstra empatia, oferecendo o raro alívio que o roteiro permite.
Imagem: Divulgação
Juniper Hill conecta o episódio a outras obras de King
O hospital já apareceu em livros como A Coisa, Insônia e até em Castle Rock; sempre associado a sofrimento e abandono. Ao resgatar esse cenário, IT: Bem-Vindos a Derry costura seu enredo ao vasto tecido criado por Stephen King, agradando leitores atentos e espectadores curiosos.
No desfecho, Lilly ganha a liberdade, mas a sombra de Pennywise permanece sobre a cidade. O roteiro reforça a ideia de que o verdadeiro terror nasce das dores que a sociedade prefere ignorar, mensagem que ecoa em toda a filmografia inspirada no autor de Maine.
Para quem acompanha Resumo de Novelas, vale o alerta: apesar de não ser um folhetim tradicional, a série mostra como drama íntimo e horror andam de mãos dadas, prendendo o público em cada cena.
