Cláudia Abreu completou 55 anos em 12 de outubro e segue acumulando papéis icônicos na televisão, no cinema e no teatro. A carioca, que começou no tradicional curso O Tablado, virou referência tanto para fãs de novelas quanto para quem acompanha o audiovisual brasileiro.
De Laura, em Celebridades, a Chayene, em Cheias de Charme, a atriz construiu uma reputação de vilãs inesquecíveis, sempre cercadas de humor ácido e fortes doses de carisma. Relembre, a seguir, os principais momentos da artista, que também é produtora e formada em Filosofia.
Primeiros passos: de Hipertensão a Que Rei Sou Eu?
Nascida no Rio de Janeiro, Cláudia Abreu descobriu o amor pela interpretação ainda na adolescência, quando se matriculou em O Tablado. Pouco depois, brilhou na peça O Despertar da Primavera e recebeu o convite para a estreia na TV Globo, em 1986, na novela Hipertensão.
O desempenho chamou atenção de autores e diretores: vieram papéis de destaque em Que Rei Sou Eu? (1989) e Barriga de Aluguel (1990), consolidando o nome da atriz entre os mais promissores da época. Desde então, Cláudia Abreu não saiu mais do radar do público noveleiro, segmento central do Resumo de Novelas.
Construção de personagens fortes
A artista se notabilizou pelas anti-heroínas complexas. Na pele de Laura (Celebridades, 2003), ela travou um duelo que parou o país no horário nobre. Já em Cheias de Charme (2012), transformou a extravagante Chayene na “rainha do tecnobrega”, conquistando memes, bordões e uma legião de fãs.
Cinema, produção e vida pessoal
Fora da telinha, Cláudia Abreu soma títulos premiados no cinema, como O Que É Isso, Companheiro? (1997) e Guerra de Canudos (1997). No século XXI, participou de Os Desafinados, O Caminho das Nuvens e O Homem do Ano, mostrando versatilidade ao transitar entre drama e comédia.
Imagem: Internet
Desde 2013, a atriz também se dedica aos bastidores. Em parceria com o marido, o cineasta José Henrique Fonseca, ela fundou a produtora Zola e lançou a série infanto-juvenil Os Valentins, exibida no canal Gloob. A iniciativa reforça seu interesse em conteúdos para crianças e adolescentes, segmento que a levou de volta aos palcos com a montagem Pluft – O Fantasminha.
Família e novos projetos
Formada em Filosofia, Cláudia Abreu equilibra a rotina de gravações com a vida familiar. Mãe de quatro filhos — Maria, Felipa, José Joaquim e Pedro Henrique —, a artista costuma dizer que a maternidade ampliou seu olhar sobre o mundo. Em 2016, retornou ao horário nobre como protagonista de A Lei do Amor e, desde então, avalia convites tanto para séries de streaming quanto para novas novelas.
Com quase quatro décadas de carreira, Cláudia Abreu prova que reinvenção é sua marca registrada. Seja no papel de cantora brega ou de rainha medieval, a atriz mantém a mesma energia que a levou dos palcos do Tablado para o coração do público brasileiro.