O público que conferiu a estreia de Pluribus, novo drama de ficção científica da Apple TV, levou um susto agradável nos últimos segundos do capítulo.
Logo após os créditos, surge uma tela preta com a frase em inglês “This show was made by humans”. Eis o recado secreto de Pluribus, colocado ali de propósito pelo criador Vince Gilligan.
Mensagem escondida provoca debate sobre IA
Em pleno avanço da inteligência artificial nas salas de roteiro, Gilligan decidiu lembrar o espectador de que sua série nasceu da mente de pessoas de carne e osso. O recado secreto de Pluribus funciona como selo de autenticidade e, claro, cutucada no mercado de entretenimento.
O próprio Gilligan contou à revista Variety que detesta a tecnologia generativa, chamando-a de “máquina de plágio mais cara e gastadora de energia do mundo”. Para ele, algoritmos até podem imitar, mas não conseguem imprimir sentimento verdadeiro nas histórias que entregam.
Protesto vai além do simbolismo
O roteirista compara o uso indiscriminado de IA a deixar um forno elétrico “virar o chef Thomas Keller só porque aquece uma boa pizza”. Nas palavras dele, a ideia de máquinas conscientes levantaria questões morais sobre possível escravidão digital, tema que deseja evitar fazendo arte essencialmente humana.
Vince Gilligan reforça defesa da criação humana
Conhecido por grandes sucessos como Breaking Bad e Better Call Saul, o autor afirma que a frase final é um lembrete para o público e para a indústria. Mesmo comerciais natalinos já estão sendo produzidos por IA, mas Gilligan prefere apostar na imperfeição que só o toque humano entrega.
Imagem: Internet
Em tempos de roteiros automatizados, o recado secreto de Pluribus surge como declaração artística. No Resumo de Novelas, notamos que essa pequena tela preta está gerando discussões acaloradas nas redes: espectadores enxergam tanto crítica quanto chamado à reflexão sobre o futuro da criatividade.
O que esperar dos próximos episódios
A Apple TV manterá o aviso ao final de todos os capítulos da primeira temporada. Assim, cada semana deve reacender o debate sobre o papel da inteligência artificial no processo criativo, tema que promete seguir quente dentro e fora das telas.
Por enquanto, Gilligan garante que sua equipe de roteiristas permanece 100% humana. E, se depender dele, o espectador continuará lendo a mesma mensagem provocadora até o último minuto da série.
