A reta final de A Viagem prepara o público para um dos momentos mais impactantes da novela. No hospital, Ismael, agora totalmente imobilizado, faz a Bia um pedido impensável: ele quer que ela desligue os aparelhos que o mantêm vivo.

    O choque se instala no quarto, e a jovem se vê diante de uma decisão impossível. A cena, que marca o clímax do folhetim, coloca pai e filha frente a frente num dilema moral que promete mexer com o coração do público.

    O pedido extremo no leito hospitalar

    Paralítico e sem perspectivas de recuperação, Ismael acredita que não há mais motivos para continuar. Sem forças, ele direciona a única pessoa que ainda confia no quarto: a própria Bia. Ao ver a filha entrar, o personagem abre o jogo e revela o desejo de pôr fim ao sofrimento.

    O diálogo carrega um peso dramático inegável. Cada palavra de Ismael é um apelo desesperado para ser libertado da dor constante e da dependência dos equipamentos médicos. Mesmo rodeado de tecnologia hospitalar, ele se sente aprisionado no próprio corpo.

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    Bia diante do dilema mais doloroso

    Bia, por sua vez, entra em conflito. Assistir ao pai debilitado e ouvir o pedido para desligar os aparelhos a coloca contra a parede. Ela tenta encontrar apoio na própria consciência, mas a escolha, qualquer que seja, pode assombrá-la para sempre.

    O peso da decisão é ampliado pela relação conturbada que os dois construíram ao longo da trama. A jovem sabe que um simples gesto pode selar o destino de Ismael, mas também pode acabar com a própria paz de espírito.

    Consequências emocionais

    A tensão da cena não se limita ao quarto de hospital. O público é convidado a refletir sobre os limites do amor, da compaixão e do sofrimento humano. Como lidar com um pedido que pode abreviar a vida de alguém querido? A novela joga luz sobre esse tema sensível, mantendo a audiência grudada na tela.

    A força dramática do final de A Viagem

    Desde a primeira exibição, final de A Viagem se consolidou como um dos desfechos mais aguardados da teledramaturgia brasileira. O capítulo final entrega aquilo que o público espera: emoção em grau máximo e questões éticas que geram discussão nas redes sociais.

    A decisão de incluir um pedido de eutanásia — ainda que apenas verbalizado — eleva a complexidade do roteiro e mostra a disposição da trama em tocar feridas abertas na sociedade. Esse choque de realidade é o que faz o último capítulo ficar na memória do espectador.

    Impacto na audiência e na cultura pop

    Quando o final de A Viagem foi ao ar pela primeira vez, não demorou para o tema invadir conversas de bar, programas de rádio e páginas de jornal. A novela — e especialmente a sequência de Ismael — ampliou discussões sobre autonomia do paciente e o direito de morrer com dignidade, assuntos até então pouco ventilados na ficção brasileira.

    Mesmo anos depois, a cena continua repercutindo em reprises e plataformas de streaming, reafirmando a força de Ivani Ribeiro em construir narrativas que atravessam gerações. Em Resumo de Novelas, por exemplo, o volume de buscas cresce sempre que a trama volta ao ar ou é anunciada em grade especial.

    Reexibições que reacendem o debate

    A cada novo horário em que A Viagem retorna, telespectadores de diferentes idades voltam a debater o pedido de Ismael. Muitos enxergam no personagem a personificação do desespero de quem já não encontra qualidade de vida numa internação prolongada.

    Esperando a reação do público

    A expectativa em torno da cena passa pelo olhar do público moderno, mais familiarizado com discussões sobre cuidados paliativos. Mesmo assim, o pedido de Ismael permanece perturbador. Ao trazer a eutanásia para o horário nobre, a novela não entrega respostas prontas; em vez disso, convida o espectador a formar opinião.

    Para muitos, essa é justamente a essência de um bom drama: provocar reflexão e, ao mesmo tempo, entreter. No caso do final de A Viagem, o equilíbrio entre emoção e questionamento ético alcança um ponto alto, mantendo a obra atual e relevante.

    Um clímax que fica na memória

    Ao concentrar toda a tensão em um pedido simples, porém devastador, a novela fecha seu ciclo com potência. Ismael, paralisado, entrega a própria vida nas mãos de Bia, e o espectador acompanha cada segundo, dividido entre a empatia e o horror.

    Independentemente da escolha da personagem, o impacto na audiência já está garantido. O final de A Viagem prova, mais uma vez, que um enredo bem construído não precisa de grandes efeitos para ser inesquecível: basta explorar as profundezas da condição humana.

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