O suspense italiano O Monstro de Florença dominou o Top 1 global da Netflix e reacendeu o interesse em um dos crimes mais assustadores da Itália. A produção de Stefano Sollima e Leonardo Fasoli reconstrói uma investigação que atravessou três décadas e jamais foi resolvida.

Entre 1968 e 1985, oito casais foram assassinados nos arredores de Florença, sempre em locais isolados. A falta de respostas, aliada à brutalidade dos ataques, criou um mito nacional que agora chega ao streaming e prende a atenção de assinantes — inclusive aqui no Resumo de Novelas.

O que foi o caso Monstro de Florença?

Os crimes ocorreram sempre à noite, contra casais que namoravam dentro do carro. O atirador utilizava uma pistola Beretta calibre .22 com munição Winchester série H, combinação que nunca foi recuperada pela polícia. Além dos disparos, algumas mulheres foram mutiladas, aumentando a sensação de horror na Toscana.

A primeira cena ligada ao assassino aconteceu em 21 de agosto de 1968, quando Barbara Locci e Antonio Lo Bianco foram mortos em Signa enquanto o filho de Barbara, de seis anos, dormia no banco de trás. O menino sobreviveu e pediu ajuda, mas o caso só ganharia nova análise anos depois, quando outros ataques exibiram o mesmo padrão.

Sete segredos que a série expõe

1. Uma caçada de 17 anos

Entre o primeiro e o último ataque passaram-se quase duas décadas, algo incomum para assassinos em série, o que alimenta a hipótese de múltiplos responsáveis.

2. Ligação exclusiva pela arma

A única conexão forense sólida dos 16 assassinatos é a Beretta .22 jamais recuperada. Sem ela, ninguém pôde ser incriminado de forma definitiva.

3. Criança como testemunha

O filho de Barbara Locci testemunhou o crime de 1968. Mesmo assim, seu relato não foi suficiente para apontar um culpado e o processo esfriou por anos.

4. Condenação e absolvição de Pietro Pacciani

O fazendeiro foi condenado em 1994, absolvido em 1996 por falta de provas e morreu em 1998 antes de um novo julgamento, mantendo o mistério vivo.

5. A polêmica “Trilha da Sardenha”

Investigadores focaram em supostos amantes sardos de Barbara Locci. Prisões ocorreram, mas novos assassinatos enquanto eles estavam detidos derrubaram a teoria.

6. Teorias de rituais satânicos

Rumores sobre seitas e cultos ganharam espaço na mídia italiana, sem qualquer evidência concreta, reforçando o clima de paranoia nacional.

7. Promotor Giuliano Mignini em dois casos famosos

Mignini, que via ligação entre o Monstro e rituais satânicos, voltou aos holofotes no caso Amanda Knox em 2007. Suas teses controversas foram rejeitadas.

Hoje, quase 40 anos após o último ataque, o Monstro de Florença continua sem rosto. A série da Netflix revive esses mistérios e mostra como medo, machismo e falhas investigativas deixaram a Itália sem respostas.

Gosta de acompanhar NovelasBR e Séries, Doramas e notícias de TV & Celebridades? Veja as notícias diárias do ResumoNovelasBR!
Share.