Se você abriu a Netflix nos últimos dias, provavelmente se deparou com O Monstro de Florença no topo das recomendações. A produção chegou de mansinho, mas logo se transformou em conversa obrigatória entre fãs de séries e até entre quem prefere novelas e doramas.

No Resumo de Novelas, muita gente quer saber: o que torna essa história tão magnética? O título reúne crime real, atmosfera sombria e um retrato social que incomoda — combinação perfeita para quem gosta de suspense bem dosado e com algo a dizer.

Assassinatos reais e crítica social explicam o fenômeno

Entre as décadas de 1960 e 1980, Florença viveu sob o terror de um assassino que atacava casais em locais isolados, sempre à noite, usando uma pistola calibre .22. A identidade do criminoso jamais foi confirmada, e esse mistério, ainda sem solução, serve de ponto de partida para a minissérie criada por Leonardo Fasoli e Stefano Sollima.

Em vez de buscar respostas definitivas, O Monstro de Florença mergulha no que transforma pessoas comuns em predadores. Ambientada em uma Itália dos anos 70 e 80, a produção expõe machismo, conservadorismo e repressão, fatores que potencializam medo e violência. É nesse caldo cultural que personagens como Stefano (Marco Bullitta) e Salvatore (Valentino Mannias) se debatem entre culpa, desejo e brutalidade.

Humanização sem sensacionalismo

Ao focar nas consequências humanas do terror — vítimas, suspeitos e toda a comunidade —, a série evita o tom exploratório típico de alguns true crimes. O resultado é perturbador e, ao mesmo tempo, quase necessário para quem deseja compreender a sociedade que permitiu tamanho horror.

Formato enxuto, elenco afiado e tensão constante

Com apenas quatro episódios, O Monstro de Florença cabe em um final de semana, ideal para quem busca maratonar sem longas temporadas. A narrativa fragmentada, repleta de flashbacks, espelha a própria investigação real: peças que nunca se encaixam totalmente. Cada cena carrega uma fotografia fria e detalhista que transporta o espectador direto para a Toscana da época.

O elenco também chama atenção. Valentino Mannias entrega um vilão que alterna charme e crueldade num piscar de olhos, enquanto Francesca Olia, no papel de Barbara, encarna o lado mais trágico da história — vítima de um sistema que a enxerga apenas como objeto. Junte atuações intensas, clima opressivo e direção que prefere silêncio a sustos fáceis, e você tem um thriller comparado a obras como Zodíaco.

Por que assistir agora?

Lançada na chamada spooky season, a série assusta justamente por ser real. Não há demônios nem fantasmas, apenas a prova de que o terror humano pode ser ainda mais gelado. Se você gosta de narrativas compactas, críticas sociais afiadas e suspense sem respostas mastigadas, O Monstro de Florença deve entrar na sua lista já.

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